A estação mais quente do ano começou no último sábado (21/12)
Acostumados com as temperaturas elevadas durante a estação, os cariocas que planejam curtir uma praia nesse início de verão vão ter que esperar mais um pouco. Isso porque a atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) que influenciou o tempo na cidade no último domingo (22/12) continua deixando o tempo instável nesta segunda-feira. Segundo o Sistema Alerta Rio, nos primeiros dias do verão a cidade estará com muita nebulosidade e céu nublado a encoberto. No entanto, não há previsão de chuva para a noite de Natal.
Para esta segunda-feira, primeiro dia útil da estação, há previsão de chuva fraca, isolada, no período da manhã e sendo mais intensa partir da tarde. Os ventos estarão variando entre fracos e moderados enquanto as temperaturas estarão em declínio, com mínima prevista de 21°C e máxima de 29°C. Este cenário de instabilidade deve permanecer até a terça-feira (24/12), quando ainda haverá a possibilidade de chuva fraca a moderada entre a madrugada e a manhã. A boa notícia é que as temperaturas voltarão a ficar elevadas durante as celebrações natalinas. Para a quarta-feira (25/12), a máxima poderá chegar aos 35°C, mas volta a chover a partir da tarde. Com base nos verões anteriores – dados obtidos desde 1997 -, a média de chuva para esta estação é de 432,6mm. No entanto, o verão de 2012/2013 chegou a marcar 742,16 milímetros, o mais chuvoso da história.
De acordo com a meteorologista-chefe do Sistema Alerta Rio, Raquel Franco, o verão é caracterizado por dias mais longos que as noites e mudanças repentinas nas condições diárias do tempo.
“Neste período podem ocorrer chuvas de curta duração e forte intensidade, principalmente à tarde, as chamadas chuvas de verão. Um dos principais sistemas meteorológicos que ocorrem nesta estação é a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Nesta estação, a precipitação na cidade do Rio está relacionada à atuação de áreas de instabilidade formadas pelo calor e a alta umidade do ar, aos episódios de ZCAS e também devido à atuação de sistemas frontais”, explicou Raquel.
Este será o primeiro verão após a implantação dos níveis de calor divulgados pela Prefeitura do Rio. Os níveis de calor foram apresentados à população em junho deste ano pelo Comitê de Desenvolvimento de Protocolos para Enfrentamento de Calor Extremo (CDPECE), composto pelo Centro de Operações e Resiliência (COR), Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima (SMAC). A classificação tem cinco níveis de risco – de NC1 a NC5 -, que variam em função da temperatura e da umidade relativa do ar registradas na cidade.
Um levantamento feito pelo órgão de meteorologia revela que, entre 2015 e 2023, as maiores temperaturas registradas no verão ultrapassaram os 42°C. A maior temperatura atingida foi no dia 31 de dezembro de 2016, quando os termômetros marcaram 42,9°C. Enquanto isso, a temperatura média do verão considerando os três últimos anos (2021 até 2023) foi de 34,5°C.
A Prefeitura do Rio, por meio do Centro de Operações Rio, conta com dois radares e uma equipe de meteorologistas do Sistema Alerta Rio, que emite boletins diários e atualizados sobre a previsão do tempo.
