Na próxima sexta-feira, dia 13 de outubro, é comemorado o Dia Internacional para a Redução de Risco de Desastres. E a Prefeitura do Rio, em parceria com a ONU – Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR), está realizando um workshop, no Instituto Benjamin Constant, para promover a inclusão e o empoderamento das pessoas com deficiência no sistema de gestão dos riscos e ações de resiliência do Rio de Janeiro.
Por meio do Centro de Operações Rio, da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil, Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e da Coordenadoria Especial de Relações Internacionais e Cooperação, a oficina também tem como objetivo avançar no uso do Scorecard, ferramenta desenvolvida pelo UNDRR para ajudar os municípios a entenderem necessidades específicas de uma gestão inclusiva de riscos das pessoas com deficiência. O preenchimento da plataforma requer a consulta direta e o envolvimento ativo de pessoas com deficiência por meio de suas organizações e redes de apoio.
Para abrir o evento, o chefe executivo do COR, Marcus Belchior, falou do motivo da criação do Centro de Operações Rio e a importância do evento. “O COR é um equipamento que nos orgulha muito e foi criado em 2010, para ser um centro de urgência e emergência. Ele é o resultado de um momento muito infeliz na cidade, quando em abril de 2010 uma chuva muito forte atingiu o município e infelizmente 67 pessoas perderam suas vidas. Estar aqui é muito importante e é um orgulho muito grande, ainda mais que nesta semana é comemorado o Dia Internacional para a Redução de Risco de Desastres. Todos os protocolos são resultado de dados, de ciência e por isso que a gente vem criando, com a ABNT, normas brasileiras de operação de cidade, além da tecnologia e das ferramentas que desenvolvemos com os nossos parceiros”, comentou Belchior.
O subsecretário municipal de Defesa Civil do Rio de Janeiro, Rodrigo Gonçalves, comentou sobre a relevância das oficinas. “É um evento muito importante e a Prefeitura do Rio, mais uma vez, está contribuindo com a questão das pessoas com deficiência. O COR, que é um centro de resiliência para a cidade, mostra para as Nações Unidas a capacidade que o Rio tem em tornar as nossas comunidades mais resilientes e contribuir com as pessoas com deficiência, para que elas sejam inseridas neste fórum”, explicou Rodrigo.
Clément da Cruz, oficial de programa do UNDRR, se apresentou e agradeceu o compromisso da Prefeitura com o tema da acessibilidade, da inclusão e da gestão de riscos. “Estamos em uma semana muito importante para a nossa agenda da ONU, a semana Internacional da Redução do Risco de Desastres. O tema desse ano é a luta contra a desigualdade na gestão de riscos. Falamos sobre desigualdade, pois hoje em dia desastres impactam desproporcionalmente algumas comunidades e algumas pessoas. É uma realidade que tendemos a esquecer nas ações de redução de risco, de resiliência e são sempre as mesmas pessoas que sofrem com estes desastres. O nosso evento, junto com o trabalho da prefeitura, vai servir para reforçar a luta contra a desigualdade dentro das ações de redução de riscos do Rio de Janeiro”, afirmou Clément.
Outra participação importante no primeiro dia de oficina foi a da secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Helena Werneck, que aproveitou o espaço para ressaltar a importância do evento. “Hoje está sendo uma manhã de privilégios. Estamos aqui com tanta gente comprometida com a nossa cidade e eu gostaria de agradecer imensamente ao Instituto Benjamin Constant por sempre estar recebendo a Secretaria com tanto carinho. Gostaria de agradecer a Prefeitura do Rio, ao COR, órgão que auxilia a cidade ao extremo, e ao Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres. É um privilégio falar desse assunto na nossa cidade, da importância e da relevância desse empoderamento e inclusão das pessoas com deficiência num processo de preocupação com as áreas de risco. A nossa cidade recebe com muito carinho e orgulho esta ação”, disse Helena.
O Diretor Geral do Instituto Benjamin Constant, Mauro Marcos Farias, comentou que foi um prazer imenso receber todos no Instituto que completou 169 anos de existência e que há décadas tem como atividade principal atender todas as modalidades, da educação à saúde, o público cego e com deficiência visual. “A gente vive num ambiente, inclusive aqui na instituição, onde a acessibilidade para o povo cego é algo bastante difícil. Existe um público que demanda e que necessita de atendimento diferenciado. É uma obrigação nossa saber que existem pessoas desprovidas do mínimo”, declarou Mauro.
O evento foi dividido em dois dias, 9 e 10 de outubro. No primeiro dia foi realizada uma avaliação de capacidades de resiliência com moradores de áreas de riscos e pessoas com deficiência. No segundo dia, será voltado ao planejamento estratégico para a elaboração de ações que minimizem impactos.