A Defesa Civil do município do Rio concluiu, nesta sexta-feira (19/9), o terceiro exercício simulado de desocupação de 2025. A iniciativa foi realizada na localidade de Jardim Maravilha, em Guaratiba, na na Zona Oeste, e em cinco comunidades do Rio Comprido, na região central da cidade: Pantanal, Bispo, Matinha, Sumaré e Liberdade.
Os moradores puderam aprender sobre os pontos de apoio da região, receberam instruções sobre o que fazer em caso de toque de sirene e sobre como se proteger em situações de chuva forte. Além disso, receberam camisas com orientações da Defesa Civil, se cadastraram no sistema de alerta por SMS, atualizaram documentos pessoais, além de participarem de atividades e conversas com os profissionais de cada órgão presente. A ação contou com cerca de 30 agentes da Defesa Civil e representantes de outras secretarias, como Assistência Social, Saúde, Coordenação Governamental, Ação Comunitária e Subprefeitura da Zona Oeste.
No Jardim Maravilha, o ponto de encontro foi na Escola Municipal Tatiana Chagas Memória. Diferentemente de outros exercícios simulados, que acontecem em regiões de alto risco geológico para deslizamentos, a Defesa Civil Municipal escolheu o bairro da Zona Oeste como ponto de encontro principal por ser uma das áreas mais suscetíveis a inundações e alagamentos. Esta é a quarta vez que a área recebe uma ação de contingência do órgão da Prefeitura do Rio.
“Os exercícios simulados são fundamentais para preparar a população e fortalecer a cultura de prevenção nas áreas de risco. É um momento em que a comunidade reforça o conhecimento sobre as sirenes e recomendações, e ficam próximas das equipes, tiram dúvidas e aprendem sobre a importância de agir com rapidez e segurança diante de uma emergência. Temos muito orgulho de contar com um sistema de sirenes que é referência no Brasil e contribui diretamente para salvar vidas no município do Rio,” destaca o subsecretário de Defesa Civil do Rio, Rodrigo Gonçalves.
O Sistema de Alerta e Alarme da Defesa Civil do Rio de Janeiro foi implementado em 2011, é pioneiro no Brasil e já foi adotado como referência por diversas cidades e estados. A ferramenta permite o monitoramento em tempo real de áreas com alto risco geológico, previamente mapeadas pela Fundação GEO-Rio, e o acionamento de sirenes acontece sempre quando há ameaça de deslizamentos.
A ativação dos alertas leva em conta as características específicas de cada comunidade. Em determinadas localidades, as sirenes são disparadas quando os índices pluviométricos variam entre 40 mm/h e 55 mm/h. Se o registro de chuva for maior que esse limite, com registros superiores a 55 mm/h, o sistema é acionado diretamente do Centro de Operações e Resiliência do Rio (COR-Rio).
Atualmente, o município conta com 164 sirenes instaladas em 103 comunidades. Ao longo desses 14 anos, quase 800 exercícios simulados foram realizados.
