Trabalho foi coordenado pelo Núcleo de Integração do COR e foi motivado pelo aparecimento de um bezerro no Viaduto do Gasômetro no início de julho
O Centro de Operações Rio (COR) criou novos protocolos de atuação em pontos da cidade para situações inusitadas envolvendo o aparecimento de animais ou o tombamento de cargas vivas. O trabalho foi conduzido pelo Núcleo de Integração do COR e teve como objetivo estabelecer diretrizes de padronização das rotinas do serviço dos operadores da Sala de Situação do equipamento público, caso esses acontecimentos atípicos ocorram novamente na cidade. O mapeamento levou em consideração seis situações: resgate ou remoção de animais terrestres ou aéreos, remoção de animais mortos nas areias das praias, resgate de animal marinho preso em redes ou encalhado, presença de animas em locais públicos, queda de cargas vivas de grande porte, e, por último, queda de cargas vivas de pequeno porte.
Um grupo multidisciplinar analisou como a cidade se comportou em casos concretos ocorridos nos últimos anos. Alguns dos exemplos analisados foram: baleia encalhada da Praia do Recreio, queda de caminhão com galinhas vivas no Giro do Cebolinha (Jacarepaguá), e o aparecimento de um bezerro no Viaduto do Gasômetro no início do mês de julho. “O Centro de Operações tem essa função para a cidade. Cada experiência por nós vivida se transforma em dados e gera protocolos posteriormente. Costumo sempre dizer que nenhuma decisão por nós tomada vem da minha cabeça ou da cabeça de qualquer operador. Tudo é embasado em dados, e isso torna a cidade cada vez mais resiliente operacionalmente”, explica o chefe executivo do Centro de Operações Rio, Marcus Belchior.
Os documentos foram desenvolvidos tendo como base a qualidade do serviço prestado e a segurança para a população carioca. No caso específico do aparecimento do bezerro, os órgãos a serem acionados imediatamente caso uma situação semelhante se repita são a Patrulha Ambiental (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), Centro de Controle de Zoonoses e a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais, além dos órgãos de trânsito, que normalmente são os primeiros a terem contato com a ocorrência. O protocolo também lista eventuais órgãos de apoio circunstanciais, que no caso concreto, seria a Comlurb.
O protocolo estabelece ainda o nível de criticidade interno para a Sala de Situação entre médio e alto e determina que o evento seja acompanhado no “ponto central” do novo videowall do COR, onde as principais ocorrências da cidade recebem atenção especial dos operadores. “Vale lembrar que a Prefeitura precisaria ter se preocupado com uma eventual queda do animal do viaduto. Numa próxima situação, certamente vamos precisar interditar também as pistas sob o viaduto. Tudo é aprendizado”, completa Marcus Belchior.
Outro incidente recente que motivou a criação dos protocolos foi o tombamento de uma carreta com galinhas vivas na Zona Oeste, no último dia 07 de março. Em situações como essa, o novo regramento define que o primeiro órgão municipal a ser acionado é a Comlurb, visando prestar apoio ao proprietário da carga, com o objetivo principal de liberar a via. Os órgãos de trânsito, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente são considerados órgãos de apoio na presente operação. A Guarda Municipal e eventuais concessionárias, caso o acidente ocorra em vias com pedágio ou bem próximo a elas, foram classificadas como órgãos de apoio circunstanciais.
Os documentos foram disponibilizados internamente aos operadores do Centro de Operações Rio. Criado em dezembro de 2010, o COR mantém sua missão de monitorar e integrar ações públicas para reduzir o impacto de ocorrências. É pioneiro e referência na América Latina. Alta tecnologia para o gerenciamento de informações fornecidas por câmeras e sensores estrategicamente posicionados na cidade, além de órgãos públicos, parceiros privados, imprensa e população.
