Na manhã desta quinta-feira (26/10), o chefe executivo do Centro de Operações Rio, Marcus Belchior, e o subsecretário de Defesa Civil, Rodrigo Gonçalves, participaram do 1º Seminário Intersetorial de Redução de Risco e Desastres em Domicílios Vulneráveis: Prevenir é Proteger. Realizado no auditório da Escola de Formação Paulo Freire, o evento foi dividido em três mesas de debates. O encontro também contou com a participação de Julia Pessoa, assessora da subsecretaria de Proteção Social Básica, e de Ernesto Braga, chefe do gabinete de Assistência Social. O objetivo foi conscientizar sobre a importância das medidas para prevenir e minimizar os impactos de eventos catastróficos.
Marcus Belchior abriu o debate falando sobre a gestão de riscos e desastres no processo de trabalho do Centro de Operações e Resiliência, o COR. “O Centro de Operações Rio é um superequipamento e precisa ser protegido com uma política de Estado. Hoje, nós temos mais de 3.200 câmeras e, até o final do primeiro semestre do ano que vem, teremos mais de 10 mil para um supermonitoramento da cidade. Um exemplo de hoje: Tivemos a informação do Sistema Alerta Rio, com duas horas e meia de antecedência, de que teríamos uma chuva de grande intensidade no Rio. A gente tem radar, estamos conectados com outros radares do Brasil, temos sistema de monitoramento de imagens, pois a quantidade de raios entre nuvens nos mostra a intensidade da chuva. Estamos começando a inserir inteligência artificial nos processos internos do COR, o que é um baita desafio. A gente vai entendendo e aprendendo com os erros e acertos, ajustando e sistematizando e criando protocolos”, explicou Belchior.
Rodrigo Gonçalves deu continuidade ao debate e comentou sobre a importância da presença da Defesa Civil no evento. “Nós da Defesa Civil temos muito apreço de participar de ações que visem a redução de riscos de desastres. É justamente preparar e conscientizar a população com relação a estes riscos que a gente vê diariamente. A capital do Rio é referência em muitas ações de prevenção contra riscos e desastres no Brasil. Hoje somos uma subsecretaria de Proteção e Defesa Civil com 45 anos de história, preparando a população do Rio para uma vida mais segura. O Rio é a primeira cidade a instalar o sistema de alerta e alarme sonoro nas comunidades. Depois de uma grande tragédia, vieram os ensinamentos para a gente tentar corrigir e melhorar. Assim também nasceu o Centro de Operações Rio”, contou Rodrigo.
Julia Pessoa ressaltou a importância da intersetorialidade, estimulando a integração entre Defesa Civil, COR, Secretaria Municipal de Habitação e Secretaria Municipal de Saúde. “É de extrema importância esses protocolos que foram criados. A gente chegou na secretaria em fevereiro, no momento em que um grande evento aconteceu em Manguinhos e no Jacarezinho. Mais de 500 famílias foram afetadas e nós percebemos o quanto essa equipe trabalhava de forma integrada, o quanto estavam preparados para atender. Sabemos que precisamos avançar e a subsecretária Marina (Costa) se compromete muito em sempre trocar informações com o gabinete para melhorar os atendimentos e a qualidade do atendimento dos profissionais da ponta”, disse Julia.
Para fechar a mesa de debates, Ernesto Braga saudou a realização do evento e acrescentou que acha uma tarefa fundamental debater, construir políticas e torná-las efetivas. “Quero registrar o quanto a Defesa Civil tem sido fundamental nos trabalhos com a Assistência Social. Essa interação é fabulosa e essas respostas são extremamente importantes para salvar vidas e defender o que é mais precioso para nós humanos, a nossa vida. Sem falar no COR, que é um espetáculo. É uma agilidade e uma rapidez impressionante. O COR é uma ferramenta muito importante para a gestão da cidade do Rio de Janeiro”, concluiu Ernesto.