O Centro de Operações da Prefeitura do Rio (COR), representado pelo chefe-executivo, Marcus Belchior, participou na manhã desta terça-feira, dia 18/06/24, do evento “Reconstrução de cidades e mudança climática: experiências internacionais e nacionais para o Rio Grande do Sul e o Brasil”. O encontro ocorreu na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Centro do Rio, e contou com as participações do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; do governador do Espírito Santo e presidente do Consórcio Brasil Verde, Renato Casagrande; do ministro extraordinário da reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta; além do chefe-executivo do COR, que representou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, enviou um vídeo e não esteve presente no evento em função dos novos episódios de chuva em todo o estado do Rio Grande do Sul. O governador estava em Caxias do Sul, uma vez que existe risco de novos deslizamentos serem registrados na região da Serra Gaúcha.
A iniciativa discutiu soluções baseadas em infraestruturas resilientes, de longo prazo, para cidades brasileiras. O ponto alto do evento foi a conferência magna com os especialistas Kongjian Yu, arquiteto e paisagista da Universidade de Pequim, pioneiro do conceito de cidades-esponja e ganhador do Prêmio Oberlander 2023; e Emma Torres, vice-presidente da área de América Latina da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (SDSN, na sigla em inglês) da ONU e copresidente da SDSN Amazônia.
“Essa troca de experiência com outras ideias, principalmente exemplos colocados em prática em outros países, nos faz avançar sempre. É preciso ambição em relação a esse tema. O Rio de Janeiro e todas as cidades do planeta estão vivendo os impactos das mudanças climáticas. O COR seguirá aprimorando conhecimentos e protocolos para ser o grande norteador das ações municipais”, destacou o chefe-executivo, Marcus Belchior.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, comemorou os investimentos feitos pelo banco no sentido de reconstruir cidades do Rio Grande do Sul e os investimentos anunciados recentemente para novas tecnologias no COR. “O BNDES faz 72 anos de existência hoje e não haveria data melhor para fazermos esse seminário. A escolha desse tema é justamente para nos fazer pensar sobre os próximos 72 anos. O número de mortes provocadas por desastres naturais está em crescimento. Da mesma forma, as perdas econômicas também. O passivo acumulado das perdas financeiras nos últimos 50 anos em função de desastres naturais é algo de mais de três trilhões de dólares, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU)”, lembrou Mercadante.
Também participaram do debate cientistas reconhecidos internacionalmente na área de Ciências Ambientais, como Paulo Artaxo e Carlos Nobre, ambos da Universidade de São Paulo (USP), e José Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).