Na última sexta-feira, dia 7 de julho, foi realizado o Exercício Simulado de Emergência do Plano de Área da Baía de Guanabara, onde a Defesa Civil Municipal e mais de 30 órgãos e empresas parceiras estiveram presentes para prestar todo o apoio necessário na simulação de uma ruptura do costado e tanque de carga de um navio devido à colisão entre rebocador e Navio Tanque, com ocorrência de vazamento de até 3.000m3 de petróleo cru na Baía de Guanabara.
O simulado foi dividido em diversas etapas como: Briefing; Colisão e início das ações de resposta; Modelagem de dispersão de óleo para a previsão de ações; Limpeza de pré-contaminação; Acionamento para prevenção do Porto do Rio e Ilha do Fundão; Confirmação de óleo na Praia de São Bento; Sobrevoo para identificar com mais facilidade a extensão da praia atingida; Ações de limpeza da área atingida; Registro de fauna atingida por óleo; Ações de resposta à fauna atingida por óleo; Desmobilização dos recursos; Debrienfing.
“É uma experiência nova. A gente não tinha essa prática de acompanhar este tipo de evento. É muito importante, pois há demandas que são acionadas juntamente à Marinha e ao Corpo de Bombeiros e existem barreiras físicas, descartáveis, outras reutilizáveis, mas tudo isso é essencial para a gente aprender cada dia mais”, destacou o subsecretário de Defesa Civil, Rodrigo Gonçalves.
Paulo Silvestre, 48 anos, Gerente da Defesa Civil Municipal na Zona Norte, representou o órgão no evento. Ele ainda acrescentou que a integração da Defesa Civil com os outros órgãos é de extrema relevância. “Todo o planejamento para a parte de terra é importante também. Esse óleo retirado vai precisar ser descartado e com isso temos que ter todo um cuidado e saber toda a contingência que temos que preparar”.
Ricardo Marcelo, 48 anos, Diretor de Pós-licença e fiscalização ambiental do INEA, comentou que o Instituto Estadual do Ambiente mantem uma equipe 24hs à disposição da sociedade para atender qualquer tipo de emergência que envolva produtos perigosos. “O INEA se coloca numa posição de transformar todas as denúncias que a população queira no atendimento à sociedade, relacionado a meio ambiente”, disse.
Ricardo também falou sobre a importância da presença do Centro de Operações Rio no simulado, junto ao INEA. “Em um cenário como este, de vazamento de óleo na Baía de Guanabara, há uma tendência em envolver a municipalidade. Essas ações, se não envolverem o ente municipal, podem se desdobrar em cenários sociais diversos, como: atingimento e contaminação da população, gerando aumento de atendimentos na rede pública de saúde, e até mesmo impactos sociais, pois existe uma economia de pesca no entorno da Baía de Guanabara. Tendo o COR, não preciso mais falar com 30 órgãos, falo apenas com um. Dentro deste um existe um plano de emergência que aciona os demais, isso acelera a comunicação de maneira absurda”.